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Voltando pra casa

Durante o ano de 2009, toda vez que pegava um avião torcia para que passasse a chamada da TAM do banzo cearense:

Emocionante.

Essa incessante busca pela própria identidade pode acabar dentro de nosso próprio lar. Parece que eu me encaixo aqui. Existem outros casos, e admiro a coragem e a felicidade de quem se encontrou muito longe de sua família, de seu país. Salvo quem viajou para fugir, em vez de se encontrar.

Essa chamada da TAM me remete a alguns filmes do Sam Mendes, o diretor de Beleza Americana. Em Away We Go, um casal tentando encontrar o melhor local para construir sua família. Já em Revolutionary Road, o casal terminal em seu antigo lar, mas antes passando por muitos sonhos que serão quebrados. Sonhos que parecem muito com os de nossa juventude: viver de pouco, como em Walden, e focado na família, como em Felicidade Conjugal, inspirados por Into the Wild.

Também me lembra do mesmo Tejo de Fernando Pessoa, e o peso que ganha o rio que passa próximo ao seu lar. Já havia blogado sobre esse poema anteriormente.

Comentários

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3 comentários em “Voltando pra casa

  1. Gosto dessa palavra: “incessante”…

    A nossa busca incessante pela felicidade, pela vida, por nossa própria identidade…

    O primeiro passo para encontrar a felicidade é iniciar a busca interna necessária, comumente chamada “autoconhecimento”.

  2. Luca Bastos disse:

    Quem eu quero ser agora.

    E responderia não sei com a maior das convicções. Tenho medo de querer ser só alguma coisa ou só um alguém.

    Será que é coisa de geminiano saber-se ser agora algo que tem certeza de que daqui mais um pouco não será mais?

    Coerência de se contradizer. Certezas que duram para sempre parecem mentiras decoradas.

    Todos estes pensamentos esparsos para dizer que estou sempre no processo de me reconhecer. Muitas vezes apenas constato. E confesso, às vezes fico pasmo comigo mesmo.

    Sei que me me conheço um pouco mas sem certeza de nada. Mas não sei se ficarei satisfeito e quieto me encontrando. A inquietude me marca.

    Assim não vou seguir falando de identidade.

    Mas de valores.

    Estes sim incluem um banzo de coisas vividas. Das raízes. Do nosso Tejo. Do meu Tejo.

    Pode até nem ser um Tejo assim tão importante. Mas é o meu e sinto orgulho dele.

    O que me faz feliz?

    Pensar que para ser feliz basta me acreditar feliz. E neste jogo de engana engana a mim mesmo, manter meu Tejo como bem de valor me ajuda.

    É isso. Nem vou reler para não tirar a fluência. Pode ser que meu eu que leia já não seja mais o mesmo que escreveu.

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