Tenho impressão que isso é forte no país inteiro: basicamente, não utilizamos mais a palavra sim.
Repare:
“Não entendi, aí você pegou a Av. Paulista?”
“Isso!”
“Não entendi, aí você pegou a Av. Paulista?”
“É!”
“Não entendi, aí você pegou a Av. Paulista?”
“Peguei!”
Pode substituir a pergunta por o que você preferir. “Você quer chocolate?”. “Quero”. “É” e “Isso” também aparecem nesse caso, em especial se a conversa já estava em andamento, ou se a pergunta foi feita apenas para confirmar um pensamento. Situações exatamente onde “Sim” deveria se encaixar.
Uma versão em que o sim aparece, mas não isoladamente, é esta: “Você quer chocolate?”. “Quero sim”.
Mas o “Sim”, isolado, soa bastante não familiar. Diferente do “Não”, que aparece o tempo todo.
Eu uso bastante como resposta lacônica.
Como podemos acelerar a inclusão dos livros de ficção em portugues para uma comparação como do ngram?http://books.google.com/ngrams
Suspeito que o ‘sim’ está estável em alguns grupos específicos de falantes.
O português brasileiro, nesse aspecto, está se assimilando ao latim.
No latim, – podem pesquisar -, estranhamente também não existia ”sim”.
E respondiam os romanos assim. Se se perguntasse a um romano se ele quisesse algo, ele diria ”volo” (quero).
Jarles, obrigado pelas observações!