literatura

Existencialismo, Humanismo e Absurdismo

‘Existencialismo é um humanismo’ foi menos traumático do que esperava. Sartre utiliza uma linguagem simples, sem milhares de referências.

Não fiz a tradução livre para não correr o risco de cometer erros graves. Seguem passagens que, para mim, remetem fortemente a leituras recentes que fiz:

“Acune morale générale ne peut vous indiquer ce qu’il y a à faire; il n’y a pas de signe dans le monde“, me faz lembrar a discussão da moral em Além do bem e do mal.

“Et, par ailleurs, dire que nous inventons les valeurs ne signifie pas autre chose que ceci: la vie n’a pas de sens, a priori (…) mais c’est à vous de lui donner un sens, et la valeur n’est pas d’autre chose que ce sens que vous choisissez.”. Ao mesmo tempo que se lança para o absurdismo do Camus, tem uma solução bem diferente. Camus afirma que você não deve dar sentido para a vida, pois não há. Seria um suicídio filosófico, termo que utiliza em o Mito de Sisifo.

“La seule chose qui permet à l’homme de vivre, c’est l’acte”. Aqui é fácil. Aparece muito em Memórias do Subsolo e Crime e Castigo. O homem de ação versus o contemplador. Em Memórias do Subsolo, o heroi afirma que não age pois sabe que mesmo com o resultado da ação, não chegará a nada.

“C’est en poursuivant des buts transcendants qu’il (l’homme) peut exister”. Soa para mim Zaratustra: “What is great in man is that he is a bridge and not a goal”.

É sempre fácil encaixar as últimas leituras que fazemos. Mesmo Sartre desprezando Nietzsche. Preciso tomar mais cuidado com a subjetividade da leitura.

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